Uma grata surpresa esta cena:
Controle suas emoções e bons estudos!
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JP
Este blog é um espaço para a publicação de artigos sobre música, arte, literatura, poesia, filosofia, citações, fotos, textos, vídeos e idéias sobre a arte de decifrar os segredos desta caixa mágica de sons que é o violão. João Paulo Pessoa.
Além de posts relacionados ao universo do violão e da música clássica, você encontrará aqui textos sobre prog rock, guitarra elétrica e outros interesses musicais e artísticos da minha personalidade.
Boa viagem.
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terça-feira, 27 de maio de 2014
Kazuhito Yamashita no Brasil.
Fui assistir recentemente ao recital que o violonista japonês Kazuhito Yamashita apresentou em São Paulo.
O evento aconteceu no dia 17 de maio de 2014 no teatro do hotel Maksoud Plaza.
Programa:
N. Rimski-Kórsakov / arr. Kazuhito Yamashita Canção da Índia, da ópera Sadkó
Keiko Fujiie Candlemas
A. Dvorák / arr. Kazuhito Yamashita Largo da Sinfonia nº 9 – Do Novo Mundo
J. S. Bach/arr. Kazuhito Yamashita Suíte para violoncelo nº 6 BWV 1012
Fiquei bastante impressionado com a abordagem pouco convencional do músico nos arranjos de movimentos escritos originalmente para orquestra. Muito bonito ver o violão abordar uma música que parece estar muito além dele. Gostei também de sua interpretação da composição de sua esposa Keiko Fujie. A presença de palco de Yamashita é igualmente intrigante. Seus movimentos com violão criam efeitos inusitados quando se assiste ao vivo. Tudo parece ser natural e espontâneo, mas ao mesmo tempo bastante ensaiado e arquitetado. Um grande artista.
Esta "Canção de Compostela" foi o que ele tocou no bis:
O vídeo não é do dia do evento mas o que me deixou curioso é que é exatamente igual.
Exatamente.
Grande abraço e bons estudos!
JP.
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sexta-feira, 21 de março de 2014
Recital completo de Jorge Caballero em video.
No ano passado tive a oportunidade de assistir a este recital pessoalmente. Foi realmente uma maravilha.
Para quem não pôde ter a mesma sorte que eu a salvação está no youtube.
:)
Compartilho neste post o video do recital do violonista peruano Jorge Caballero durante o IV Festival Leo Brouwer (FLB) que ocorreu na cidade de São Paulo em novembro de 2013.
Os recitais e masterclasses do festival foram gravados pela UNIVESPTV. Vale a pena dar uma olhada no canal e procurar os videos do IV FLB.
https://www.youtube.com/user/univesptv
Grande abraço a todos e bons estudos!
[]
João Paulo Pessoa.
domingo, 15 de setembro de 2013
Documentário: Leed's Castle Segovia Competition 9-13 October 1981
Leed's Castle - Inglaterra.
Em 1981 ocorreu na Inglaterra a 1ª "Segovia Guitar Competition".
Esse documentário sobre o evento me lembra o filme "Enter the Dragon" de Bruce Lee.
:)
Brincadeiras a parte, é um interessante documento de uma outra época do violão.
Muito legal ver alguns interpretes consagrados ainda bem jovens na época, a exemplo do Paul Galbraith.
Let the tournament begin!
[]
Bons Estudos!
JP
12 Conselhos de Fernando Sor.
Doze máximas
gerais que sintetizam as ideias expostas no método para violão de Fernando Sor (1778-1839):
“1.ª– Visar mais ao efeito da música que ao louvor do talento
como executante.
2.ª – Exigir mais da habilidade
do que da força.
3.ª – Economizar
pestanas e deslocamentos
da
mão.
4.ª – Considerar a
digitação como uma arte cujo objetivo é fazer-me encontrar
as notas de que preciso, ao alcance dos dedos que as devem
produzir, sem a contínua
necessidade de desvios com o intuito de procurá-las.
5.ª – Jamais ostentar
qualquer dificuldade em minha execução, pois, assim
fazendo, tornaria difícil o que não o é.
6.ª – Nunca dar
trabalho aos dedos mais fracos, enquanto os mais fortes não
fazem nada.
7.ª – Nunca cair em
um erro muito comum, decorrente de um raciocínio acertado no que concerne ao
piano, mas muito mal aplicado à guitarra; isto é, não manter o dedo em uma casa
por mais tempo do que a duração da nota que deve produzir. Enquanto o dedo
pressionar a tecla do piano, as cordas continuarão em vibração, e o som,
misturando-se àquele de outra tecla, produzirá efeito contrário à pureza da
execução; mas se duas ou três notas consecutivas são feitas na mesma corda da
guitarra, se a progressão é ascendente, a segunda abafa e termina o som da
primeira, e a terceira, o da segunda. Se, ao deixar cair o dedo que produz a
segunda, ao mesmo tempo eu levantar o dedo que produziu a primeira, faço duas
ações ao invés de uma, e ainda corro o risco de levantar o dedo um momento
antes, fazendo a corda solta soar, o que, ao contrário de tornar minha execução
mais pura, daria a ela menos pureza. Se as notas são descendentes, ao invés de
esperar pelo momento em que a nota deve ser produzida para pressionar a corda,
eu já tiver o dedo sobre ela, não terei outra ação a fazer a não ser a de
levantar o dedo da nota mais aguda.
8.ª – Evitar um
movimento lateral que alguns guitarristas consideram gracioso, isto é, deixar a
direção paralela entre a linha formada pela ponta dos dedos e a das cordas. Por
exemplo, nas notas sucessivas lá (na primeira corda), sol, fá
sustenido, mi, ré (na segunda corda), ao fazer o lá eles têm a ponta
dos dedos em excelente direção; mas, quando o quarto dedo deixa o lá,
ele sai da escala, e o sol a deixa por sua vez; e quando o dedo um fica
sozinho no fá sustenido, a linha da ponta dos dedos faz com a escala um
ângulo de 45º; ou toda a mão é conduzida para trás do braço da guitarra, porque
obrigaram o pulso a fazer aquilo que, se os dedos fizessem, facilitaria ao
segundo [dedo] fazer o ré na segunda corda, sem que o pulso fosse
obrigado a fazer um movimento para recolocar a mão diante do braço da guitarra,
a menos que o ré fosse produzido horizontalmente com o dedo, o que
requer muito mais força, e eu não saberia fazer sem pressionar também o sol
na primeira corda, quando, talvez, eu precisasse dela imediatamente como uma
corda solta, e eu seria mais uma vez obrigado a fazer um movimento para
deixá-la livre. Quando minha mão se encontra em uma posição, e a passagem não é
de harmonia, eu posiciono o pulso de forma que a linha reta, do primeiro ao
quarto dedo, seja paralela à corda: mantenho o pulso imóvel, e conservo meus
dedos sobre o lugar onde se devem movimentar.
9.ª – Quando se trata de uma grande distância na largura da
escala, e o dedo quarto prende uma das extremidades, tomar a outra extremidade
com o dedo mais longo.
10.ª – Quando se trata de uma abertura, consultar a posição
menos incômoda para o dedo mais fraco, e impor a tarefa ao mais forte.
11.ª – Quando é necessário dar à linha da extremidade dos
dedos uma posição paralela aos trastes, ao invés de às cordas, fazer com que
esta mudança dependa antes do cotovelo que do movimento do pulso.
12.ª e última.
– Dar muito valor ao raciocínio e nenhum à rotina.”Tr: Guilherme de Camargo.
Valiosos conselhos. Espero que sejam úteis.
Bons Estudos!
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JP
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Guitar Recital: Sabrina Vlaskalic.
Olá!
Gostaria de compartilhar o vídeo deste recital aqui no blog.
O programa é muito interessante e a violonista é surpreendente.
Sabrina Vlaskalic começa seu recital com uma peça pouco conhecida de Antonio Cano (1811-1897) chamada El Delirio.
Em seguida temos Brouwer, Bogdanovic e uma peça de autoria da violonista no final.
Gostaria de compartilhar o vídeo deste recital aqui no blog.
O programa é muito interessante e a violonista é surpreendente.
Sabrina Vlaskalic começa seu recital com uma peça pouco conhecida de Antonio Cano (1811-1897) chamada El Delirio.
Em seguida temos Brouwer, Bogdanovic e uma peça de autoria da violonista no final.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Beethoven e Sor: pequeno exercício de comparação.
Olá,
este post é um exercício de comparação.
Vou colocar alguns links e vocês comparam.
1)
O primeiro é de um programa de radio sobre musica espanhola.
O programa esta no site PRX. Tem que fazer um registro la pra poder escutar todo ... mas vale a pena.
Agora, olha só o nome do programa:
THE SPANISH HOUR: FERNANDO SOR, BEETHOVEN OF THE GUITAR
aqui vai o link: (não mais disponível)
(Infelizmente, este link não está mais disponível ... atualização em 2023 )
Aqui um link para uma pequena entrevista com o violonista David Starobin:
(Funcionando em 2023)
2)
O segundo link nos leva a ouvir Beethoven.
Prestem bem atenção nesta obra, principalmente aos 1:44 do video.
BEETHOVEN
SERENATA EM RÉ MAIOR, OP. 25. IV - ANDANTE CON VARIAZONI.
Sonata No 8 em Dó menor, op. 13 - 2o mov. Adagio Cantabile
ao piano: Daniel Baremboim
3)
Agora, para concluir nosso pequeno exercício de comparação e contextualização vamos ouvir Sor novamente.
Prestem atenção na semelhança entre os estilos, escolhas de ritmo e intervalos.
Ouçam bem o primeiro estudo que está neste video e comparem com o trecho que foi sublinhado no 2o link do post.
ao violão: John Williams.
obs: As caricaturas no inicio do post foram encontradas nestes sites:
Beethoven: http://frkmendes.blogspot.com.br/
Sor: http://www.maxinefrost.com/blogengine.net/
Para ser um bom interprete é preciso ser um bom investigador. O objetivo deste post é também o de incitá-los a sair um pouco do âmbito do violão. Ser um bom e curioso ouvinte de música é fundamental para qualquer músico.
Uma vez ouvi o Leo Brouwer dizer em uma palestra que para contextualizar bem Fernando Sor os estudantes deveriam escutar Beethoven, principalmente a musica de câmara deste compositor.
Na mosca!
Alguns álbuns legais:
Beethoven: Chamber Music with Fortepiano on Period Instruments:
Beethoven: Razumovsky Quartets
Sor: Guitar Sonatas
Ricardo Gallén • 2014
Fernando Sor: The Beethoven of the Guitar
Manuel Barrueco • 2016
E, por fim, a playlist das minhas gravações caseiras (em vídeo) do opus 44 de Sor:
Espero ter ajudado.
Um abraço e bons estudos!
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