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domingo, 20 de setembro de 2009

Pequenina História do Violão





Olá amigos!
Resolvi postar aqui este texto com noções históricas sobre o nosso amado instrumento. Para todos que se interessam pelo violão, é fundamental saber um pouco de sua história. Espero que este resumo sirva como indicação para futuras pesquisas. Boa leitura!

Em meados do séc XVI havia uma grande variedade de instrumentos de cordas dedilhadas em toda a Europa que podem ser divididos em três famílias principais: a dos alaúdes, a das vihuelas e a das guitarras. Estas grandes famílias atingiram um apogeu de popularidade no Renascimento e Barroco e produziram um repertório imenso, mas a família das guitarras, originariamente a menos aristocrática, passou por grandes transformações e atingiu seu apogeu no final do séc. XVIII enquanto as outras duas gradualmente caíram em desuso. Ao redor de 1780, simultaneamente na Itália e Alemanha, as inovações dos construtores de instrumentos haviam transformado a guitarra, originalmente um instrumento de quatro cordas duplas, em um instrumento solista de seis cordas simples, formato suficientemente estável para se espalhar por toda a Europa.

Ao redor de 1800, a popularidade da guitarra produziu um levante de grandes virtuoses e compositores que constituem a primeira “Época de Ouro” do violão. Isto ocorreu quase que simultaneamente à primeira leva de grandes virtuoses do violino e do piano. Schubert e Paganini escreveram música para violão. A popularidade do instrumento era imensa especialmente em Paris, para onde convergiram os maiores virtuoses espanhóis e italianos, como Fernando Sor e Mauro Giuliani. Uma segunda geração se aproveitou da expansão estética do Romantismo e criou um magnífico repertório. Compositores como Mertz, Coste e Regondi dotaram o violão com um grande número de obras características e evocativas, mas também presenciaram seu declínio como instrumento de concerto. A causa mais citada para este fato é a de que o instrumento não possuía volume para enfrentar o aumento de público nas salas de concerto. O violão progressivamente se confinou às manifestações musicais domésticas e folclóricas.

O resgate do violão e seu estabelecimento como moderno instrumento de concerto se inicia no final do século XIX, através de um artista espanhol de imensa capacidade musical: Francisco Tárrega (1852-1909). Ele tinha três objetivos principais: modernização do instrumento, renovação do repertório e reformulação da técnica e sua aplicação musical. A modernização do violão se efetuou através da colaboração de Tárrega com o luthier Antonio Torres. O instrumento leve do romantismo aumentou de tamanho, a escala foi levantada e a estrutura foi reforçada. O resultado foi um instrumento com mais volume, maior riqueza de timbres e projeção, tal como conhecemos hoje. Para fazer jus a um novo repertório que surgia, uma revolução técnica se fazia necessária. Tárrega adaptou ao novo instrumento o que de melhor havia sido feito por seus antecessores, e uma boa parte dos fundamentos hoje empregados no violão foram por ele sistematizados: defendeu o uso do violão sobre a perna esquerda, levantada com o auxílio de um banquinho; aboliu o uso do dedo mínimo apoiado sobre o tampo do violão, liberando assim a mão direita para um uso mais inventivo dos diferentes timbres do instrumento. Essas características foram parte integral do novo estilo interpretativo de Tárrega e admiradas e documentadas por seus alunos.

Para ver imagens de réplicas de instrumentos antigos basta fazer uma rápida pesquisa de imagens no serviço de busca de sua preferência.


Referência bibliográfica:

DUDEQUE, Norton. História do violão. Curitiba: ed. UFPE, 1958.



Grande abraço a todos, muita música e tudo de bom!

[]

João Paulo Pessoa

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Conheçendo o Violão.

Saudações a todos!

Espero que estas informações sejam úteis para os iniciantes.




Características gerais


A mão (Peg head) do violão é fixada na extremidade do braço formando um pequeno ângulo. As tarrachas (Tunning machine) dos instrumentos modernos são feitas de aço com abas de plástico, osso ou madrepérola. O braço (Nut) do violão é composto basicamente de uma barra maciça e rígida de madeira fixada ao corpo com o auxílio de um reforço estrutural, a junta de braço (Heel). Feita de uma madeira diferente do resto do braço, como ébano, a escala (Fingerboard) é montada sobre o braço para fixar os trastes (Fret). O Tampo (Face or Top) é a principal parte do corpo do violão, as cordas são fixadas a ele. Quando tocadas, todo o tampo vibra solidariamente como uma membrana. Aproximadamente no centro do tampo, uma abertura, a boca (Sound hole) serve para permitir a passagem do ar em vibração. Em geral, um mosaico feito em marcheteria decora e protege as bordas das aberturas. Esta decoração é chamada de roseta (rosette). Abaixo da boca é colado o cavalete (Bridge), usado para fixar as cordas ao tampo. O cavalete possui furos para a fixação das cordas e sobre ele é montado o rastilho (Bridge Bone), uma barra de osso ou plástico que serve para apoiar e distanciar as cordas do tampo e da escala. Guitarras acústicas (violões), principalmente as utilizadas na música erudita, utilizam cordas de nylon. As cordas mais agudas são chamadas primas. As mais graves, bordões. A afinação utilizada é a seqüência padrão Mi-Si-Sol-Ré-Lá-Mi (da corda mais aguda para a mais grave), podendo ser alterada, caso necessário. O violão erudito é tocado utilizando-se as unhas (normalmente da mão direita). As unhas devem estar bem polidas para um som mais limpo.
Conservação e cuidados:
• Evitar temperaturas muito altas ou muito baixas (cuidado com os climas secos);
• Guardar e transportar sempre em capa ou estojo.
• Não expor ao sol, chuva ou sereno;
• Nunca bater no instrumento e evitar ao máximo, quedas e pancadas;
• Nunca colocar nenhum peso ou objeto em cima do violão;
• Nunca molhar ou derramar líquidos;
• Para a limpeza do instrumento e das cordas utilize apenas uma flanela macia, limpa e seca;
• Trocar as cordas regularmente;

Por hoje é só pessoal!
:)

[]

JP

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Diletantes, diletantes!




Diletantes, diletantes! – Assim os que exercem uma ciência ou arte por amor a ela, por alegria, “per il loro diletto” [pelo seu deleite], são chamados com desprezo por aqueles que se consagram a tais coisas com vistas ao que ganham, porque seu objeto dileto é o dinheiro que têm a receber. Esse desdém se baseia na sua convicção desprezível de que ninguém se dedicaria a um assunto se não fosse impelido pela necessidade, pela fome ou por uma avidez semelhante. O público possui o mesmo espírito e, por conseguinte, a mesma opinião: daí provém seu respeito habitual pelas “pessoas da área” e sua desconfiança em relação aos diletantes. Na verdade, para o diletante, ao contrário, o assunto é o fim, e para o homem da área como tal, apenas um meio. No entanto, só se dedicará a um assunto com toda a seriedade alguém que esteja envolvido de modo imediato e que se ocupe dele com amor, “con amore” (Schopenhauer, em “A Arte de Escrever” [p. 23] — ou em “Parerga und Paralipomena”).

Pois ... "con amore" !!!

:)

[]

JP

O violão de Napoleon Coste (1805-1883)



Olá, amigos.
Encontrei esta foto em um site sobre a guitarra clássico-romântica.
eis o link:

www.earlyromanticguitar.com

Se você lê em inglês e se interessa pelo tema, este é um endereço para guardar nos favoritos do seu browser.

Grande abraço a todos!
Muita música e tudo de bom!!!

[]

JP