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sábado, 30 de julho de 2022

Duo Pessoa da Silva no FIG 2022 /Virtuosi na Serra - matéria jornalística da TV Pernambuco

 Olá ...

Estamos na mídia televisiva também ... as vezes. 

Muito bom levar a formação bandolim/violão aos palcos da música clássica ou música erudita. Somos o primeiro duo com essa formação instrumental, a se apresentar no Virtuosi, que é sem dúvida um dos grandes festivais de música classica do Brasil.  Sinto sinceramente bastante orgulho do nosso trabalho com o Duo Pessoa da Silva, e muita alegria e gratidão por ter tido oportunidade de apresentar nosso trabalho em um evento tão bonito e importante como o Virtuosi na Serra, que é o grande palco da música erudita dentro do Festival de Inverno de Garanhuns. 

Em uma palavra: Feliz!

:)



 

Vamos em frente.

Grande abraço musical e bons estudos.


[]

:)

JPP

terça-feira, 26 de julho de 2022

Ex-alunos ... atuais colegas de profissão. Muito legal ver a vida passando.

 Olá ...

Mais um post.

Esse vai ser uma lembrança boa que quero deixar aqui no blog ... podia postar no dia dos professores ou coisa parecida, mas, para nós todo dia é dia da música. Bora lá.

Uma das coisas mais legais de ser músico e professor é ver a história acontecendo ao longo de sua vida. Sou professor efetivo de violão erudito no Conservatório Pernambucano de Música (CPM) desde o ano de 2010, e muita coisa (mas muita mesmo) aconteceu na minha vida e na vida de pessoas que estudaram comigo de lá pra cá. Muita água correu por baixo da ponte. 

No post de hoje quero compratilhar os nomes de alguns violonistas que estudaram sob minha orientação no Conservatório Pernambucano de Música. Minha intenção é apenas de compartilhar histórias e trajetórias, além de divulgar e deixar registrado um pouco do meu trabalho como professor e/ou orientador, além de humildemente promover o trabalho das pessoas citadas nesse texto. 

"Nada é permanente, exceto a mudança" ( Heráclito )


Rafael Carneiro.

Não só foi meu aluno, como também brother no surf. Lembro bem da gente surfando lá no Nordestão (point de surf aqui da minha região) e conversando sobre música e violão entre uma onda e outra. Nas aulas no Conservatório, sempre foi um aluno extremamente aplicado e disciplinado, apresentando um desenvolvimento musical muito cheio de personalidade e rigor. Rafael se formou no curso técnico de violão erudito no CPM, sob minha orientação, tocando um programa incrível que incluiu a Fantasia 7 de Dowland, La Catedral de Barrios e obras de Sor. Atualmente desenvolve um excelente trabalho musical no youtube, postando sempre vídeos ligados à pedagogia do violão com ênfase em autores do período clássico como Sor e Carcassi. Vale a pena ficar de olho no canal dele:


Ícaro Rocha.

Outro cara muito gente fina ... as aulas com Ícaro eram diversão certa, com muito bom humor e risadas mas ,também com muita seriedade e engajamento musical. Também se formou, sob minha orientação, no curso técnico de violão erudito no Conservatório Pernambucano de Música. No seu recital de formatura o programa foi igualmente denso, com obras de alta demanda técnica como a Grande Abertura de Giuliani e os 5 Preludios de Heitor Villa-Lobos. Atualmente, Ícaro é formado em Licenciatura em Música, está cursando uma pós-graduação em musicoterapia, e desenvolve um importante trabalho como músico e professor de violão. 



Andrea Alencar. 

Foi minha aluna durante um ano no curso preparatório no Conservatório Pernambucano de Música e já foi direto pra UFPE fazer o Bacharelado depois. Andrea foi a primeira mulher a se formar no Bacharelado em Música/Instrumento:violão na UFPE, onde ela estudou sob a orientação do prof. Mauro Maibrada (que também foi meu orientador quando estudei lá, mas vou falar mais disso depois). Atualmente, Andrea é musicista, pesquisadora e professora de violão e teoria musical em Goiania.


 

Gabriel Asafe.

Aluno de um período bem mais recente no Curso Técnico em Violão Erudito no Conservatório Pernambucano, Gabriel se formou, sob minha orientação, agora no ano de 2022. O recital de formatura dele foi realmente incrível, com obras como o Preludio, Fuga e Allegro BWV 998 de J. S. Bach, La Catedral de Barrios, além de obras de Villa-Lobos, Piazzolla e Walton. Recentemente, Gabriel foi também aprovado no vestibular para o curso de Licenciatura em Música na UFPE. Já terminou uma fase iniciando outra. Nas aulas do curso técnico em violão erudito do CPM, sempre mostrou muita garra, se aplicando com bastante disciplina e afinco para vencer os desafios musicais impostos pelo repertório a ser desbravado. Gabriel, atualmente,continua sua estrada de estudos no violão e na música, mas agora também como professor ministrando aulas particulares.


Gostaria de deixar aqui registrado também os nomes de alguns dos meus atuais alunos do curso técnico em violão erudito lá do CPM: Gabriel Carneiro, Luiz Paulo Santos, Antony Rafael e Gabriel Amaral ... os três primeiros, inclusive já são alunos do curso de Licenciatura em Música da UFPE e praticamente colegas de profissão. Esses quatro alunos estarão em breve fazendo seus recitais de formatura.

Para finalizar a postagem com chave de ouro, quero deixar aqui registrada minha eterna gratidão ao meu mestre na música e no violão, o professor Mauro Maibrada. Fica aqui meu comprometimento de futuramente fazer aqui no blog mesmo, um relato mais detalhado do período da minha vida em que estudei sob a orientação do professor Maibrada no curso superior de música da Universidade Federal de Pernambuco. Foram anos de muitos aprendizados, construções e aventuras musicais que merecem um registro especial aqui no blog. Aliás, o surgimento do TheTaooftheGuitar tem tudo a ver com esse período da minha vida. Fica então a promessa de uma postagem sobre isso num futuro próximo.

Tenho muita sorte de ter tido contato com todas as pessoas citadas nesse texto (e com tantas outras que não citei, colegas de curso, de trabalho e de profissão, além de outros professores a quem devo muito e que respeito profundamente). Desejo a vocês tudo de bom sempre.


Grande abraço musical e fraterno.

Bons estudos.

:)

[]

JPP

O que é um Masterclass no universo da música clássica?


Recentemente fiz um video no youtube para compartilhar o registro de um masterclass com o violonista Manuel Barrueco, onde participei como aluno em 2011 na cidade de São Paulo-SP, Brasil, durante a programação do Festival Leo Brouwer. 

Este é um tipo de evento muito importante na formação dos estudantes e no universo da música clássica ou música erudita. Na época em que fui selecionado para ser aluno no Masterclass com Manuel Barrueco, foi bastante importante pra mim e significou um reconhecimento também ao meu trabalho, pois fui selecionado entre estudantes de toda a América Latina. Fiz, inclusive, menção a isso com uma postagem aqui no blog:

https://thetaooftheguitar.blogspot.com/2011/12/noticia-da-ascom-ufpe_13.html


Como professor, hoje em dia, percebo que muitas vezes os alunos não conhecem esse formato de aula ou esse tipo de evento. No vídeo que fiz tentei explicar um pouco sobre a importancia desse tipo de evento na nossa formação e também mostrar uma provável origem desse formato de aula.

Minha intenção ao compartilhar esse registro é incentivar meus alunos, e outros estudantes, a participar sempre que possível desse tipo de evento, entendendo sua relevância de maneira mais ampla, possibilitando assim um maior aproveitamento desse tipo de oportunidade de crescimento pessoal e musical.

Espero que seja útil.



Grande abraço musical e
bons estudos!
:)
[]
JPP



quinta-feira, 21 de julho de 2022

Partimento!

 Olá ... 

A postagem de hoje é sobre "Partimento". Conhece o termo? Eu não conhecia ...

Vamos do começo.

https://en.wikipedia.org/wiki/Partimento

"A Partimento (do italiano: partimento, plural partimenti) é um esboço (frequentemente uma linha de baixo), escrito em uma única pauta, cujo objetivo principal é ser um guia para a improvisação ("realização") de uma composição no teclado*. Um Partimento difere de um acompanhamento de baixo contínuo por ser a base para uma composição completa. Partimenti foram fundamentais para a formação de músicos europeus desde o final de 1600 até o início de 1800. Eles foram desenvolvidos nos conservatórios italianos, especialmente nos conservatórios de música de Nápoles, e mais tarde no Conservatório de Paris, que emulava os conservatórios napolitanos." (Wikipedia)

*(obs: um violão é perfeitamente capaz de ser ferramenta para tal realização)

Recomendo bastante que assistam o video do Early Music Sources sobre partimento pra entender do que estamos falando aqui:





outro link importante: https://partimenti.org/

Então, se você clicou nos links e viu o video do Elam Roten, já deu pra entender um pouquinho do que estamos falando aqui: improvisação e/ou esquemas de composição improvisada na música clássica ou música erudita. Não apenas um acompanhamento improvisado, como no baixo continuo do barroco, mas um tipo de composição improvisada em cima de uma determinada ideia de harmonia. 
Pensando um pouco sobre essa prática e sua importancia histórica, é pouco provável que não tenha sido parte integrante da formação dos mestres da 1ª época de ouro da guitarra classico-romantica como Sor ou Giuliani. Pesquisando um pouco mais sobre isso no youtube me deparei com o trabalho do italiano Nicola Pignatiello. Uma entrevista bastante interessante sobre o tema pode ser vista aqui nesse video do canal Songbird Music Academy:


Outros canais com informações relevantes sobre o assunto:

Comparando essas idéias todas com o que encontramos em publicações como o opus 1 de Mauro Giuliliani ou o opus 59 de Carcassi vemos total pertinencia. É como encontrar uma pecinha que estava faltando do quebra-cabeças. O opus 44 de Sor, por exemplo, se encaixa perfeitamente na descrição de composição construída a partir da lógica desenvolvida pelo estudo da prática do partimento. Exemplos semelhantes podem ser encontrados no opus 60 de Sor ou mesmo nos famosos Estudos Progressivos do  opus 60 de Carcassi. 
E se você está terminando a leitura deste post com muitas indagações, saiba que a idéia é extatamente essa. O estudo da música e dos instrumentos musicais deve ser sempre um processo investigativo que vai muito além do trabalho de ler bolinhas pretas em um papel branco. É preciso se deleitar com o mergulho no processo histórico como ferramenta da construção musical. Para finalizar, deixo aqui minha humilde interpretação de três peças em mi menor do opus 44 de Fernando Sor, que foram provavelmente construídas a partir de esquemas de partimento.



Grande abraço musical e fraterno.
Bons estudos.
JPP