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domingo, 4 de setembro de 2011

Uma bela exposição de Técnica Violonistica.

Matt Palmer tocando o Carnaval de Veneza de Francisco Tárrega.
O título explica o post!

Grande Abraço a todos e bons estudos!



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Indicação de leitura: "The Narural Classical Guitar" de Lee F. Ryan.


Olá amigos.

Gostaria de indicar este livro para todos os estudantes de violão.
 É um pouco como um livro de "auto-ajuda" violonistica e musical. Mescla violão e música com idéias filosóficas e holísticas ligadas às tradições orientais e ocidentais. Muito interessante. O livro traz também ótimas dicas sobre organização do estudo e preparação para recitais.

Eu traduzi do inglês um pequeno trecho do último capítulo:

  "Os antigos gregos consideravam a lira, um parente do violão, como um símbolo secreto do ser humano. O corpo da lira representava a forma humana, as cordas eram consideradas os nervos, e o músico era o espírito. Nessa analogia, se o corpo humano e o sistema nervoso estão em boas condições, como uma lira afinada, então o espírito cria harmonia e satisfação. Mas se o corpo e o sistema nervoso estão em condições precárias, como um lira desafinada, então o que o espírito tenta criar sai como a discórdia e sofrimento para o indivíduo. Esta visão do corpo como um instrumento faz sentido, porque a física moderna nos diz que todos os sistemas físicos - a matéria bruta, moléculas, átomos e partículas subatômicas - estão vibrando em várias freqüências. Já que o cérebro e o corpo são constituídos por sistemas físicos como vibração, é razoável dizer que elas podem estar dentro ou fora de sintonia, como instrumentos musicais. Na verdade, nós usamos termos musicais no nosso dia-a-dia que transmitem apenas a idéia. "A relação entre eles harmoniosa" e "Ela está realmente em sintonia com todos" são expressões comuns. Provavelmente, nos sentimos atraídos pelo violão, porque é um símbolo secreto da natureza musical de nossas mentes e corpos. Talvez inconscientemente, queremos aprender a afinar e tocar bem o violão, porque de alguma forma que isso nos faça sentir que estamos, nós mesmos, “afinados” com o Universo.
  A comparação grega do corpo humano com um instrumento musical é complementada por sua idéia sobre o grande poder da música de influenciar a vida humana para o bem ou para o mal. O filósofo Pitágoras considerou que certos tipos de músicas tocadas na lira poderiam purificar a alma de "influências irracionais." Ele dizia ser capaz de aliviar distúrbios emocionais, como raiva e cura de várias doenças pela reprodução de peças especiais de música." 

 
Aí vai o link da pagina do autor na amazon:




Um grande Abraço a todos, bons estudos e tudo de bom.


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Obrigado!

Fotografia: Paula França. 

Minha super gratidão a todos que compareceram ao meu recital, e também aos que não puderam ir mas mandaram muita energia positiva.
Muitissimo Obrigado!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Convite para Recital de Conclusão de Curso.

Convido todos os amigos e colegas a virem assistir meu recital de conclusão no curso superior de Bacharelado em Música/Instrumento-Violão pela Universidade Federal de Pernambuco.

O evento acontecerá na sexta-feira, dia 01/07/2011 às 20:00 hrs no Teatro Hermilo Borba Filho.
Rua Cais do Apolo, 121 - Bairro do Recife
Recife - PE, 50030-230
Fone: 81 3232-2028
mapa:

Exibir mapa ampliado


Programa:
Primeira Parte.

  • Simone Molinaro (1570-1633).

           - Fantasia Quinta.

  • J. S. Bach (1685-1750).

          - Suite BWV 996 para Alaúde (Transcrita para Violão).
               - Praeludio.
               - Allemande.
               - Courante.
               - Sarabande.
               - Bourrée.
               - Gigue.

  • Richard R. Bennett (1936 - ).

          - Five Impromptus.
                - Recitativo.
                - Agitato.
                - Elegiaco.
               - Con Fuoco.
               - Arioso.

Intervalo.

Segunda Parte.

  • Edino Krieger (1928 - )

          - Ritmata.

  • Mario Castelnuovo Tedesco (1895 - 1968)

           - Sonata op. 77 - Ommagio a Bocherini.
               - Allegro con Spirito.
               - Andatino - Quasi Canzone.
               - Tempo di Menuetto.
               - Presto Furioso.

João Paulo Pessoa: violão.


Muito Obrigado pela atenção.
Grande Abraço a todos.

João Paulo Pessoa.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Dicas do David Russell




Olá amigos.

Gostaria de indicar para todos o site do grande guitarrista escocês David Russell:


Recomendo especialmente uma parte chamada "Tips for guitarists" em que o David dá valiosos conselhos para nós qua somos estudantes. Para os que não têm intimidade com o inglês os conselhos são publicados também em espanhol.

Vou aproveitar e postar aqui uma tradução de uma dica do David sobre o uso do metrônomo:

"Tenha como melhor amigo o seu Metrônomo.
Durante as horas de prática, às vezes precisamos de um incentivo extra para nos manter no tempo. O metrônomo pode ser uma grande ajuda.
Ele é um bom companheiro, nunca reclama e está sempre no tempo, não importa quão bem ou mal você esteja tocando. Ele pode não ser um grande artista, mas às vezes o seu melhor amigo não é o mais emocionante, mas sim o mais confiável."

Grande Abraço a todos e bons estudos!!!

João Paulo Pessoa



sexta-feira, 4 de março de 2011

"Homenaje" a José Carrion.


Olá amigos.
De volta às postagens.
Neste post gostaria de falar um pouco do meu “avô” musical, José Carrion. Utilizo este termo porque no violão clássico temos uma tradição de traçar verdadeiras linhagens discipulares. Pois bem, minha formação tem acontecido em minha cidade (Recife- Pernambuco-Brasil) a partir do contato com o Professor Mauro Maibrada no curso superior de Bacharelado em violão na Universidade Federal de Pernambuco. Meu professor, por sua vez, foi aluno do grande Músico, Professor e violonista espanhol José Carrion, e sempre me falou muito sobre a importância de seu Mestre para o violão pernambucano e de como ele representa a nossa ligação direta com grande "fundador" do violão clássico do século XX, o também espanhol Francisco Tárrega .
Desde o início do ano de 2010, passei a ocupar a o cargo de Professor efetivo de violão clássico no Conservatório Pernambucano de Música, mediante aprovação em concurso público. Esta escola realiza, sob coordenação do Professor Guilherme Calzavara, o Seminário de Violão José Carrion. Na segunda edição do Seminário, tive a honra de ter sido convidado a apresentar um recital. Aproveito esta postagem para divulgar este importante evento promovido pela escola em que leciono, bem como meu próprio trabalho através de um vídeo gravado em setembro de 2010 durante a segunda edição do Seminário, e finalmente, para prestar uma homenagem ao grande Músico que foi José Carrion.

O video a seguir traz a minha interpretação da única obra do Compositor espanhol Manuel de Falla, escrita originalmente para violão: Homenaje!
Grande Abraço a todos!
Muita Música e tudo de bom!
João Paulo Pessoa.

sexta-feira, 26 de março de 2010

VI FENAVIPI - Masterclass com Paul Galbraith - Impressões de um estudante.






Olá amigos,

Estou escrevendo este post para compartilhar algumas impressões da minha masterclass com o grande músico, violonista e professor Paul Galbraith. Vou aproveitar e falar um pouco sobre o festival em que ocorreu esta masterclass: a sexta edição do Festival Nacional de Violões do Piauí (FENAVIPI).

Além do Paul Galbraith, participaram do Festival: a violonista chinesa Xuefey Yang, o autraliano Tommy Emmanuel (Fingerstyle steel-strings guitarist), Nonato Luiz, o renomado violonista clássico Fábio Zanon, o lendário Carlos Barbosa-Lima (incrivelmente virtuoso), o multi-violonista Nicolas de Souza Barros, o violeiro Roberto Corrêa, Franciel Monteiro e o pernambucano Henrique Annes. O festival ocorreu entre os dias 25 e 28 de fevereiro de 2010, sob a direção de Erisvaldo Borges.

A abertura foi com o Tommy Emmanuel. O cara é um verdadeiro showman. Um virtuose do violão de cordas de aço que segue a tradição de Chet Atkins. O recital da Xuefey foi muito bom também. Fiquei impressionado com o controle musical que ela mostrou. O Zanon dispensa comentários, imperdível como sempre. O Barbosa Lima foi uma coisa muito mágica, o cara segura a platéia na palma da mão. Gostei muito do Nicolas de Souza Barros, ele fez um recital tocando guitarra barroca na primeira parte e violão de oito cordas na segunda. Ele apresenta esses instrumentos como “o violão do passado e o do futuro”. Acho que não concordo muito com essa visão,mas mesmo assim adorei o recital. Mas eu estava ansioso mesmo para assistir o recital do Galbraith. Para quem não conhece aí vai o site dele:

http://www.paul-galbraith.com/

Paul Galbraith é um músico que toca violão de uma maneira muito particular: ele utiliza uma posição vertical semelhante ao violoncelo, um espigão e uma caixa de ressonância. O violão dele também é diferente: um violão de oito cordas sendo que uma corda é mais grave e outra mais aguda que a do violão normal, expandindo assim a tessitura do instrumento. Eu o conhecia de nome e através de algumas gravações, e já tinha ciência da dificuldade de assistir recitais dele no Brasil. Quando soube que ele estaria no VI FENAVIPI, achei que seria uma chance única.

Aqui vai o programa do recital dele:

J. S. Bach – Suite BWV 1007

L. Berio – Brin (arr: P. Galbraith)

M. Castelnuovo-Tedesco – Sonata op.77

F. J. Haydn – Sonata hob # 36

M. Ponce – Variações e fuga sobre ‘LA Folia de Espanha’

Depois de assistir seu recital deu pra entender um pouco a busca deste músico por um repertório de qualidade superlativa. O recital inteiro foi incrível, a técnica fluente, a música acima de tudo, a facilidade de transmitir as idéias, realmente impressionante. O som que ele consegue extrair do violão dele é diferente de um violão normal. Confesso que estranhei um pouco, mas entendi que era algo que fazia parte de sua busca. Um grande músico, sem dúvida!

As palestras e masterclasses do festival também foram ótimas. A palestra do Nicolas de Souza Barros foi sobre aspectos históricos e práticos da digitação. O Barbosa-Lima falou muito sobre sua maneira de fazer arranjos e sobre sua carreira internacional. O Zanon e a Xuefey Yang também deram aulas muito proveitosas e inspiradoras.

Minha masterclass com o Galbraith foi no último dia do Festival.

Eu já sabia da visão peculiar dele sobre a música instrumental de Bach, então me inscrevi na sua masterclass com a suite BWV 996. A aula foi sobre o Prelúdio desta suíte.

O Galbraith faz muitas comparações pertinentes entre a música instrumental e a música cantada de Bach, fazendo sempre uma ligação da primeira, com textos religiosos presentes na segunda. Pude entender um pouco a colocação do Zanon, de que o Galbraith vê a música de Bach de forma “Holística”. Mas acho também que a visão do Galbraith tem um sentido histórico e prático.

Minha impressão dele como músico e como professor foi a melhor possível: um pesquisador apaixonado pelo que faz e um mestre muito competente, paciente e tranqüilo. Quem tem aula com ele se sente quase na presença de um “sábio monge”. Foi incrivelmente inspirador o pequeno contato que tive com este grande Músico. Enfim, sinto-me um sortudo por ter tido esta oportunidade, e acho que aproveitei da melhor forma que pude. Fiquei inspirado pra estudar mais e mais. No fim, como no princípio, continuar é o mais importante.

Grande Abraço e Bons Estudos!!!

[]

João Paulo Pessoa.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Lute-Harpsichord



Aqui vai um link com algumas informações sobre o "Lute-Harpsichord", um instrumento "perdido" do Barroco que pode ter alguma relação com o repertório de alaúde de J. S. Bach.


Alguns pesquisadores acreditam que obras para alaúde de Bach (como a Suite BWV 996) teriam sido escritas para serem executadas neste tipo de cravo, cujo objetivo seria imitar o som do alaúde. Teoricamente este fato explicaria a necessidade de adaptação deste repertório para execução em um alaúde barroco de 13 ordens. Outros musicólogos e intérpretes da música escrita para alaúde neste período, defendem a "Teoria das Scordaturas" propondo novas afinações para uma melhor adaptação da música ao instrumento.
Existem várias transcrições para violão desta faixa do repertório instrumental Bachiano, sendo que o caminho para o início de um estudo um pouco mais aprofundado destas peças no violão parece ser a prática de comparar transcrições para o nosso instrumento com partituras de cravo de edições alemãs como a "Neue Bach Ausgabe", que é provavelmente o mais próximo do que seriam as edições originais. Um outro dado curioso, pelo menos em relação à BWV 996, é que não existem tablaturas de alaúde desta suite, o que era a prática de escrita barroca para este instrumento.

Enigmas!

Algumas sugestões de registros de audio:

  • no Alaúde: Jakob Lindberg - J. S. Bach Lute Music. BIS CD 587/588.
  • no "Lute-harpsichord": Gergely Sarkozy - Bach: BWV 996, BWV 997, Three Chorales. Hungaroton HCD 12461-2. / outra indicação: Robert Hill - Bach: Works for Lute Harpsichord. Hansller Editon cd 92 109.
  • no Cravo: As gravações de Gustav Leonhardt (não tenho as referência de catálogo).
  • no Violão: Julian Bream, Goran Sollscher, Paul Galbraith, Frederic Zigante, Manuel Barrueco, Sharon Isbin, etc.
  • Integrais: Teldec: Bach 2000.

Espero que tenham gostado deste post.

Grande Abraço e Bons Estudos!!!
[]

João Paulo Pessoa.